Área de Concentração: Psicologia

Em 2023, o Programa reconheceu a necessidade de reestruturar suas linhas de pesquisa para atender melhor às demandas científicas. O relatório quadrienal da CAPES (2017-2020) apontou problemas na distribuição de docentes enquanto a avaliação 2021-2024 estava em andamento. Assim, o PPGP optou por mudanças estratégicas, que têm ocorrido de forma gradual, conforme as recomendações dos consultores Prof. Dr. Antônio Virgílio Bastos e Prof. Gerson Tomanari. Foram definidas quatro linhas de pesquisa, sendo que as linhas de pesquisa em Fenomenologia: teoria e clínica, Psicanálise: teoria clínica e cultura e Psicologia, Sociedade e Saúde (modificada para Psicologia e Saúde em 2025) já eram vigentes e a linha de pesquisa em Psicologia Social entrará em vigor a partir de 2025. Esta reestruturação é acompanhada pela aprovação de um novo regimento interno que formalizará as modificações necessárias e garantirá uma distribuição equilibrada entre os professores nas quatro linhas de pesquisa.

Segue a descrição das linhas de pesquisa até a avaliação atual (2021-2024):

 

I. Fenomenologia: Teoria e Clínica

Esta linha considera que as pesquisas em Psicologia Clínica são orientadas por meio de uma formação pedagógica que articula interfaces com a filosofia existencial, a hermenêutica, as ciências sociais e o desenvolvimento de uma metodologia específica, orientada pelas obras de Edmund Husserl, Martin Heidegger, Paul Ricoeur e Amedeo Giorgi e pela produção brasileira e latino-americana acerca dos processos de subjetivação. As metodologias usadas incluem a hermenêutica da linguagem, estudos de casos e revisões guiadas por protocolo de questões sobre suicídio, morte, saúde mental, psicoterapia gestáltica, efeitos subjetivos das tecnologias de informática e comunicação, religiosidade, corporeidade e arte.

Objetivos desta linha

a) Realizar pesquisas qualitativas acerca das práticas em psicologia clínica aplicadas à saúde individual e coletiva a partir de seu vértice fenomenológico-existencial e hermenêutico.

b) Dialogar com a interface espiritualidade e sofrimento humano.

c) Produzir textos e utilizar a Inteligência Artificial.

d) Desenvolver estudos feministas e de gênero.

 

II. Psicanálise: Teoria e Clínica

A linha trabalha com uma formação sustentada nos postulados freudianos, lacanianos, psicopatológicos, culturais e da teoria crítica da sociedade. Seu principal objeto é a constituição do campo psicanalítico na sua relação com conceitos clínicos fundamentais, tais como: inconsciente, pulsão, repetição, sintoma, constituição psíquica, estruturas clínicas, transferência, interpretação, construção, ato psicanalítico, lugar do analista, direção do tratamento e mal-estar na cultura. Esta linha de pesquisa analisa questões importantes para a práxis psicanalítica: a cultura, a clínica psicológica, as instituições de saúde, a reformulação do campo da saúde mental e a pesquisa universitária.

Objetivos desta linha

a) Analisar as questões clínicas para a práxis psicanalítica.

b) Investigar a influência da psicanálise nas instituições de saúde e na reformulação do campo da saúde mental.

 

III. Psicologia, Sociedade e Saúde

Esta linha de pesquisa oferece uma formação baseada em referenciais sistêmicos, foucaultianos, esquizoanalíticos, construcionistas, das clínicas do trabalho, da psicologia social, do desenvolvimento e da saúde coletiva. Centraliza-se nas categorias analíticas que emergem da relação entre psicologia, sociedade e saúde. Investiga:

a) Práticas em clínica ampliada, grupos e instituições.

b) Transdisciplinaridade em psicologia, sociedade e saúde.

c) Desenvolvimento humano.

 

Busca ancorar-se em novos problemas epistemológicos, metodológicos e de ação através da interface entre Psicologia, Ciências Sociais, Ciências Humanas, Políticas Públicas e Movimentos Sociais.